Um papo sobre o Projeto Girassol, redes sociais e distúrbio de ansiedade

15:00

Aline Pereira e Gabriella Lopes / Edição por Nathália Oliveira

Hoje temos dose dupla! As entrevistadas de hoje, Gabriella Lopes e Aline Pereira, trabalham com marketing digital, além de possuírem uma grande relação com o conteúdo online. Quer mais alguma coisa em comum? Ambas fazem parte do time de idealizadoras do Projeto Girassol. Antes de tudo, vamos saber mais sobre ele?


O Projeto 


Foto do perfil do projeto no IG
O Projeto Girassol foi criado em prol do Setembro Amarelo para que as pessoas possam se sentir mais confortáveis sendo elas mesmas. Sabemos que às vezes, realmente é difícil aceitar quem somos e lidar com cada sentimento decorrente disso, não é? Durante o mês inteiro de setembro, foram compartilhadas por meio do Instagram fotos com frases de incentivo, inglês e português para atingir um maior público. Não só frases inspiradoras, como também letras de música e trechos de livro apareceram por lá.

Em entrevista para o #ansiedade, Gabriella conta também que o projeto surgiu depois de uma pesquisa em que ela e as idealizadoras do projeto fizeram sobre o suicídio no mundo, dando foco no Brasil e observando estatísticas entristecedoras.

“A sociedade precisa entender que a saúde mental e a inteligência emocional são importantes para a autoestima de qualquer pessoa. Enquanto as pessoas classificarem transtornos mentais como bipolaridade, ansiedade e depressão um tabu, elas não vão entender a importância do cuidado que precisamos ter com a nossa saúde mental”, relata.


Uma publicação compartilhada por Projeto Girassol 🌻 (@girassol.projeto) em



Para conhecer o Instagram do projeto, basta clicar aqui.

Não só por causa do Setembro Amarelo, como também outras campanhas e posts que têm aparecido nas redes sociais, essas ferramentas digitais também foram abordadas. Quando perguntadas sobre a principal vantagem e desvantagem desses meios, Gabriella explica:

“A vantagem pode ser a distração, até porque o uso das redes sociais e outros aplicativos é uma forma de desvio de problemas ou de relaxamento, pelo menos para mim. A desvantagem pode ser o excesso de informações recebidas, até porque as redes sociais oferecem uma interação de milhões de pessoas com outros milhões de pessoas. E isso pode fazer mal, principalmente o tempo e os neurônios que se gastam nesse tempo.” Já Aline, acredita que quando as redes sociais são utilizadas da forma correta, elas podem contar com um impacto mais positivo, por exemplo, para dar informação, aprender ou acompanhar perfis que têm ajudar o próximo como o foco principal.

Gabriella ainda conta que não só ela mesma já tentou se afastar das redes sociais  e por causa do trabalho com conteúdo online não foi possível, mas também conhece pessoas que já recorreram a mesma tentativa para obter alívio psicológico. Alívio que Aline já tentou obter se afastando do Orkut (lembram dele?), pois sofreu cyberbullying. Apesar de apontar essa como uma forma eficaz na época, ela conta que hoje em dia teria uma abordagem bem diferente, dividindo a situação com os pais. “Falaria com eles na busca de conscientizar as pessoas do impacto negativo que atitudes como difamar, expor, ou insinuar a vida ou as atitudes de alguém (sobretudo adolescentes) podem causar a médio e longo prazo na vida de alguém”, conclui.

Quando questionadas sobre qual palavra elas atribuiriam ao transtorno de ansiedade, as respostas foram distintas, enquanto Gabriella respondeu “estática”, Aline atribuiu “sufoco” ao distúrbio, relacionando a definição literal da palavra no dicionário com o que ela realmente pensa a respeito:

“No dicionário essa palavra se encontra com essa definição: infrm. situação muito difícil, atemorizante ou penosa, em que se é pressionado, cobrado, perseguido etc.; aperto, dificuldade.
Pra mim, se trata de uma mistura do significado literal e do que eu penso sobre, é como estar constantemente presa em situações criadas por mim mesma, como se “autosabotar-se” fosse algo inevitável, pois quando noto já deixei de fazer uma série de coisas, por conta de situações que eu mesma criei em minha cabeça.”

Clique aqui para conhecer o Píer25, blog da Gabriella Lopes e aqui para acessar o Mas poxanine, blog da Aline Pereira.

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